FreeBSD is a registered trademark of the FreeBSD Foundation.
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Parabéns pela instalação do FreeBSD! Esta introdução é para os novatos no FreeBSD e no UNIX®—, então ela começa com o básico. Este artigo assume que você está usando a versão 2.0.5, ou mais atual, do FreeBSD distribuído pela FreeBSD.org, seu sistema, por agora, tem um único usuário (você) e você provavelmente está muito bem com o DOS/Windows® ou OS/2®.
Entre no sistema (quando você vê
login:
) como o usuário que você
criou durante a instalação ou como
root
. (Sua instalação do
FreeBSD já terá uma conta
root
; que pode ir para qualquer lugar e
fazer qualquer coisa, incluindo remover arquivos essenciais,
então seja muito cuidadoso!) Os símbolos
%
e #
nos exemplos a seguir representam
o prompt
(o seu pode ser diferente), com o
%
indicando o prompt
de um
usuário comum e o #
indicando o
prompt
do root
.
Para sair do sistema (e obter uma novo
prompt
de login:
)
escreva:
#
exit
quantas vezes forem necessárias. Você precisa
pressionar enter após os comandos, e
lembre-se que UNIX® é sensível a letras
maiúsculas e minúsculas —
exit
não é o mesmo que
EXIT
.
Para desligar a máquina escreva:
#
/sbin/shutdown -h now
Ou para reinicializar, escreva:
#
/sbin/shutdown -r now
ou
#
/sbin/reboot
Você também pode reiniciar com
Ctrl+Alt+Delete.
Dê-lhe um pouco de tempo para trabalhar. Isso é o
equivalente ao /sbin/reboot
nas
versões recentes do FreeBSD e é muito, muito
melhor do que pressionar o botão de
reset
. Você não quer ter que
instalar tudo de novo, não é?
Se você não criou nenhum usuário
durante a instalação do sistema e, portanto,
está logado como root
, você
provavelmente precisa criar um usuário agora com:
#
adduser
Na primeira vez que você usar o
adduser
, ele pode pedir por valores
padrões para salvar. Você pode querer definir o
shell
padrão como csh(1) ao
invés do sh(1), se ele sugerir o
sh
como padrão. Do contrário,
apenas pressione enter para aceitar os valores
padrões. Os valores padrões serão
salvos em /etc/adduser.conf
, o qual
pode ser editado.
Suponha que você criou um usuário
jack
, cujo nome completo seja
Jack Benimble. Dê a
jack
uma senha se segurança (mesmo
crianças ao redor que possam por as mãos no
teclado) é um problema. Quando for questionado se
você deseja incluir jack
em outros
grupos, escreva wheel
:
Login group is ``jack''. Invite jack into other groups: wheel
Isso tornará possível entrar no sistema como
jack
e usar o comando su(1) para
tornar-se root
. Então você
não será mais repreendido por logar como
root
.
Você pode interromper o adduser
à qualquer momento apenas pressionando
Ctrl+C, e
no fim você poderá aprovar o novo usuário
ou simplesmente escrever n para não.
Você pode querer criar um segundo usuário para o
caso de algo sair errado na edição dos arquivos de
login
do usuário
jack
.
Uma vez que você tenha concluído, use
exit
para voltar ao prompt
de login
e entrar como o usuário
jack
. Em geral, é uma boa
idéia fazer tudo quanto for possível como um
usuário comum, que não tem o poder — e o
risco — do root
.
Se você já criou o usuário e quer que
ele tenha permissão de utilizar o su
para tornar-se root
, você pode entrar
como root
e editar o arquivo
/etc/group
, adicionando
jack
ao grupo presente na primeira
linha (o grupo wheel
). Mas primeiro
você precisa praticar com vi(1), o editor de texto
instalado nas versões mais recentes do FreeBSD — ou
usar um editor de texto mais simples, como o ee(1).
Para remover um usuário, use o comando
rmuser
.
Ao entrar como um usuário comum, explore e tente alguns comandos que irão acessar as fontes de ajuda e informação do FreeBSD.
Aqui estão alguns comandos e o que eles fazem:
id
Diz quem você é!
pwd
Mostra onde você está — o diretório corrente de trabalho
ls
Lista os arquivos no diretório corrente.
ls -F
Lista os arquivos no diretório corrente com um
*
depois de arquivos
executáveis, um /
depois de
diretórios, e um @
depois de
links
simbólicos.
ls -l
Lista os arquivos com detalhes — tamanho, data, e permissões.
ls -a
Lista os arquivos ocultos, que iniciam com
“ponto”, com os outros. Se você
está como root
, os arquivos
ocultos, que iniciam com “ponto”, são
mostrados sem a necessidade da opção
-a
.
cd
Muda o diretório corrente. cd
..
sobe um nível
com relação ao diretório atual; note
o espaço depois do cd
.
cd /usr/local
entra no diretório especificado. cd
~
entra no
diretório home
do usuário
logado — e.g., /usr/home/jack
.
Tente cd /cdrom
,
e execute ls
, para descobrir se seu
CDROM está montado e funcionando.
view
filename
Permite que você visualize um arquivo (chamado
filename
) sem modificar
seu conteúdo. Tente view
/etc/fstab
. Escreva
:q
para sair.
cat
filename
Mostra o conteúdo de
filename
na tela. Se ele
é muito longo e você só consegue ver o
final do arquivo, pressione ScrollLock e
use up-arrow para navegar até o
topo do arquivo; você pode usar
ScrollLock também com
páginas de manual. Pressione
ScrollLock novamente para interromper o
rolamento de conteúdo. Você pode querer
experimentar o cat
em alguns arquivos
ocultos no seu diretório home
— cat
.cshrc
, cat
.login
, cat
.profile
.
Você vai encontrar aliases
em seu
.cshrc
para alguns comandos
ls
(estes são muito convenientes).
Você pode criar outros aliases
editando .cshrc
. Você pode criar
aliases
disponíveis para todos os
usuários colocando-os no arquivo de
configuração principal do csh
o qual afeta todo o sistema, o
/etc/csh.cshrc
.
Aqui estão algumas fontes de ajuda úteis.
Text
representa um termo de sua
escolha, para o qual você precisa de
informação ou ajuda — usualmente um comando
ou arquivo.
apropos
text
Tudo que contiver o texto
text
na whatis
database.
man
text
Exibe a página de manual do
text
. A maior fonte de
documentação para sistemas UNIX®.
man ls
vai lhe
mostrar todos os detalhes de como usar o comando
ls
. Pressione Enter
para navegar através do texto,
Ctrl+B
para voltar uma página,
Ctrl+F
para avançar uma página,
q ou
Ctrl+C
para sair.
which
text
Informa onde, no path
do
usuário, o comando text
é encontrado.
locate
text
Informa todos os caminhos onde o termo
text
é
encontrado.
whatis
text
Informa o que o comando
text
faz e qual sua
página de manual. Executar whatis
*
vai lhe informar sobre todos os
binários no diretório corrente.
whereis
text
Encontra o arquivo text
,
informando seu caminho completo.
Você pode querer experimentar usar
whatis
em alguns comandos comuns, como
cat
, more
,
grep
, mv
,
find
, tar
,
chmod
, chown
,
date
, e script
.
more
permite que você leia uma
página de cada vez, do mesmo modo como no DOS, e.g.,
ls -l | more
ou more
filename
. O
*
funciona como curinga — e.g.,
ls w*
vai mostrar os arquivos que
começam com w
.
Algum desses programas não está trabalhando
muito bem? Ambos, locate(1) e whatis(1), dependem de
uma base de dados recompilada semanalmente. Se sua
máquina não vai permanecer ligada (e rodando o
FreeBSD) durante o final de semana, convém executar
manualmente os comandos de manutenção
diários, semanais, e mensais de vez em quando.
Execute-os como root
e,
por agora, dê a cada um deles um tempo para finalizar
antes de você iniciar o próximo.
#
periodic daily
output omitted#
periodic weekly
output omitted#
periodic monthly
output omitted
Se você cansar de esperar, pressione
Alt+F2
para acessar outro virtual console, e
entre no sistema novamente. Afinal, ele é um sistema
multiusuário e multitarefa. No entanto, é
provável que esses comandos exibam mensagens na sua tela
enquanto eles estão rodando; você pode executar
clear
em seu prompt
para
limpar a tela. Uma vez que eles tenham executado, você
pode querer olhar em /var/mail/root
e
/var/log/messages
.
Executar tais comandos é parte da
administração do sistema — e como o
único usuário do sistema UNIX®, você
é seu próprio administrador de sistemas.
Praticamente tudo que você precisa fazer como
root
será para
administração de sistemas. Tais responsabilidades
não são muito bem exploradas, mesmo nos grossos
livros sobre UNIX®, que parecem dedicar um grande espaço
para opções de menus em gerenciadores de janelas.
Você pode querer obter um dos dois livros principais sobre
administração de sistemas, ou Evi Nemeth et.al.'s
UNIX System Administration Handbook
(Prentice-Hall, 1995, ISBN 0-13-15051-7) — a segunda
edição da capa vermelha; ou Æleen Frisch's
Essential System Administration (O'Reilly
& Associates, 2002, ISBN 0-596-00343-9). Eu uso
Nemeth.
Para configurar seu sistema, você precisará
editar arquivos de texto. Muitos deles estarão no
diretório /etc
; e você
precisará do su
para tornar-se
root
e poder modificá-los.
Você pode utilizar o ee
, por ser
fácil de usar, mas à longo prazo vale a pena
aprender o editor de texto vi
. Um excelente
tutorial sobre o vi
pode ser encontrado em
/usr/src/contrib/nvi/docs/tutorial
, se
você tiver os fontes do sistema instalado.
Antes de editar um arquivo, você provavelmente
deveria fazer um backup dele. Suponha que você queira
editar o /etc/rc.conf
. Você pode
simplesmente usar cd /etc
para ir até
o diretório /etc
e fazer:
#
cp rc.conf rc.conf.orig
Isso vai copiar o rc.conf
para
rc.conf.orig
, e depois você
poderá copiar o rc.conf.orig
para
rc.conf
para recuperar o original. Mas o
melhor mesmo seria mover (renomear) e copiar novamente:
#
mv rc.conf rc.conf.orig
#
cp rc.conf.orig rc.conf
pelo fato do comando mv
preservar a data
e o dono originais do arquivo. Você pode agora editar o
rc.conf
. Se você quiser o original
de volta, você faria mv rc.conf
rc.conf.myedit
(assumindo que você queira
preservar a versão modificada) e então:
#
mv rc.conf.orig rc.conf
para voltar as coisas do jeito que estavam.
Para editar um arquivo, faça:
#
vi filename
Mova-se através do texto com as setas do teclado.
Esc (a tecla de escape) coloca o
vi
em modo de comando. Aqui estão
alguns comandos:
x
Remove o caractere onde está o cursor
dd
remove a linha inteira (mesmo que ela quebre na tela)
i
para inserir texto a partir do cursor
a
para inserir texto após o cursor
Uma vez que você digite i
ou
a
, você pode inserir o texto.
Esc
coloca você de volta no modo de
comando
:w
para salvar suas modificações no disco e continuar editando
:wq
para salvar as modificações e sair
:q!
para sair sem salvar as modificações
/text
para mover o curso para
text
;
/Enter
(a tecla enter)
para encontrar a próxima ocorrência de
text
.
G
vai para o final do arquivo
nG
vai para a linha n
no
arquivo, onde n
é o
número.
para redesenhar a tela
volta e avança na tela, respectivamente, assim
como fazem no more
e
view
.
Pratique com o vi
em seu diretório
home
, criando um novo arquivo com vi
filename
, adicionando e
removendo texto, salvando o arquivo, e chamando-o de novo.
vi
oferece muitas surpresas, pois ele
é realmente bastante complexo, e algumas vezes você
vai inadvertidamente executar um comando que vai fazer alguma
coisa que você não espera. (Algumas pessoas
realmente gostam do vi
— ele é
mais poderoso que o DOS EDIT — procure sobre o comando
:r
.) Use Esc uma ou mais
vezes para estar seguro de que você está no modo de
comando e continuar a partir daí se você tiver
problemas, salve frequentemente com :w
, e use
:q!
para sair e começar novamente (a
partir do seu último :w
) quando
você precisar.
Agora você pode entrar no diretório
/etc
com o cd
, usar o
su
para tornar-se root
,
usar o vi
para editar o arquivo
/etc/group
, e adicionar um usuário
no grupo wheel
para que ele tenha
privilégios de root
. Só
adicione uma vírgula e o login
do
usuário no fim da primeira linha do arquivo, pressione
Esc, e use :wq
para escrever
suas alterações no disco e sair. Efeito
instantâneo. (Você não colocou um
espaço depois da vírgula, colocou?)
Neste ponto você provavelmente não tem uma
impressora funcionando, então aqui vai uma maneira de
criar um arquivo a partir de uma página de manual,
movê-lo para um disquete, e então imprimi-lo do
DOS. Suponhamos que você queira ler cuidadosamente sobre
mudança de permissões em arquivos (muito
importante). Você pode usar man chmod
para ler a respeito. O comando
%
man chmod | col -b > chmod.txt
irá remover códigos de
formatação e enviar a página de manual para
o arquivo chmod.txt
em vez de
mostrá-lo na tela. Agora coloque um disquete formatado
no DOS em seu drive de disquete a
, use
o su
para tornar-se
root
, e escreva
#
/sbin/mount -t msdosfs /dev/fd0 /mnt
para montar o drive de disquete em
/mnt
.
Agora (você não precisa mais estar como
root
, e você pode executar
exit
para voltar para o usuário
inicial jack
) você pode ir até
o diretório onde você criou o
chmod.txt
e copiar o arquivo para o
disquete com:
%
cp chmod.txt /mnt
e usar ls /mnt
para obter a listagem do
diretório /mnt
, que deveria mostrar
o arquivo chmod.txt
.
Você pode querer criar um arquivo a partir do
/sbin/dmesg
executando:
%
/sbin/dmesg > dmesg.txt
e copiar o dmesg.txt
para o disquete.
/sbin/dmesg
é o registro das
mensagens de boot
, e ele é útil
para entender o que o FreeBSD encontra durante a
inicialização. Se você enviar perguntas
para a lista de
discussão para perguntas gerais sobre o FreeBSD ou para o grupo da USENET — como
“O FreeBSD não encontra a minha unidade de fita, o
que eu faço?” — as pessoas vão querer
saber o que o dmesg
diz.
Você pode desmontar o drive de disquete agora (como
root
) para retirá-lo com:
#
/sbin/umount /mnt
e reiniciar para ir para o DOS. Copie os arquivos para um
diretório do DOS, chame-os com o DOS EDIT, Windows®
Notepad ou Wordpad, ou algum outro processador de texto,
faça uma pequena alteração para o arquivo
ser salvo, e imprima como você normalmente faz a partir do
DOS ou Windows. Espero que funcione! Páginas de manual
saem melhor se impressas com o comando print
do DOS. (Copiar arquivos do FreeBSD para uma
partição DOS montada ainda é, em alguns
casos, um pouco arriscado.)
Obter uma impressora imprimindo do FreeBSD envolve criar uma
entrada apropriada em /etc/printcap
e criar
um diretório de spool
correspondente
em /var/spool/output
. Se sua impressora
está na lpt0 (nos DOS é
chamada de LPT1), você só
precisa ir para /var/spool/output
e (como
root
) criar o diretório
lpd
executando: mkdir
lpd
, se ele ainda não existe. Em seguida, a
impressora deve responder se ela estiver ligada durante a
inicialização, e lp
ou
lpr
deve enviar um arquivo para a impressora.
Se o arquivo vai ser impresso ou não, depende da
configuração, esta é coberta no FreeBSD
handbook.
df
mostra os dispositivos montados e o espaço em disco.
ps aux
mostra os processos rodando. ps ax
exibe uma lista compacta.
rm filename
exclui o arquivo
filename
.
rm -R dir
remove o diretório
dir
e todos os seus
subdiretórios — seja cuidadoso!
ls -R
lista os arquivos no diretório corrente e
todos os subdiretórios; eu usei uma variante,
ls -AFR > where.txt
, para obter uma
lista de todos os arquivos de /
e
(separadamente) /usr
, antes de
descobrir um jeito melhor de encontrar arquivos.
passwd
para mudar a senha do usuário (ou a senha do
root
)
man hier
exibe a página de manual sobre o sistema de arquivos do UNIX®
Use find
para localizar
filename
em /usr
, ou
qualquer de seus subdiretórios, com
%
find /usr -name "filename"
Você pode usar *
como curinga em
"
(que deve estar entre aspas). Se você diz para
filename
"find
procurar em /
, em
vez de /usr
, ele vai procurar o arquivo em
todos os dispositivos montados, incluindo CDROM e as
partições DOS.
Um excelente livro que explica os comandos e utilitários UNIX® é Abrahams & Larson, Unix for the Impatient (2nd ed., Addison-Wesley, 1996). Existe também uma grande quantidade de informações sobre UNIX® na Internet.
Agora você deve ter as ferramentas que você
precisa para explorar e editar arquivos, então você
pode ter tudo ligado e funcionando. Existe uma grande
quantidade de informações no FreeBSD handbook (que
provavelmente está em seu disco rígido) e no
web site do FreeBSD.
Uma grande variedade de pacotes e ports
estáo disponível no CDROM, bem como no site web.
O handbook diz mais sobre como usá-los (obter um pacote,
se ele existir, com pkg_add
/cdrom/packages/All/nomepacote
,
onde nomepacote
é o nome do
pacote). O CDROM tem uma lista dos pacotes e
ports
com uma breve descrição
em cdrom/packages/index
,
cdrom/packages/index.txt
, e
cdrom/ports/index
, com as
descrições completas em
/cdrom/ports/*/*/pkg/DESCR
, onde os
*
representam subdiretórios das
categorias e dos nomes dos programas, respectivamente.
Se você achar o handbook muito sofisticado (com
lndir
e tudo) sobre a
instalação de ports
a partir do
CDROM, aqui está o que normalmente funciona:
Encontre o port
que você quer,
digamos que seja o kermit
. Haverá um
diretório para ele no CDROM. Copie o subdiretório
para /usr/local
(um bom lugar para
adicionar programas que estarão disponíveis para
todos os usuários) com:
#
cp -R /cdrom/ports/comm/kermit /usr/local
Isso deve resultar em um subdiretório
/usr/local/kermit
onde estarão
todos os arquivos do subdiretório
kermit
do CDROM.
Em seguida, crie o diretório
/usr/ports/distfiles
, se ele ainda
não existe, usando mkdir
. Agora
verifique em /cdrom/ports/distfiles
por um
arquivo com o nome que indique o port
que
você quer. Copie o arquivo para
/usr/ports/distfiles
; nas versões
recentes você pode pular este passo, o FreeBSD vai fazer
isso por você. No caso do kermit
não existe distfile
.
Vá até o subdiretório
/usr/local/kermit
, onde estará o
arquivo Makefile
. E execute
#
make all install
Durante este processo o port
vai obter
a partir do FTP quaisquer arquivos compactados que sejam
necessários e não estejam presentes no CDROM ou em
/usr/ports/distfiles
. Se sua rede ainda
não está funcionando e não existe arquivo
para o port
em
/cdrom/ports/distfiles
, você vai
precisar obter este arquivo de outra máquina e
copiá-lo para /usr/ports/distfiles
de um disquete ou de sua partição DOS. Leia o
Makefile
(com o cat
, ou
more
, ou view
) para
descobrir aonde ir (o site de distribuição
principal) para obter o arquivo e qual o seu nome. O nome do
arquivo será truncado se ele for obtido a partir do DOS,
e depois de colocá-lo em
/usr/ports/distfiles
você precisa
renomear o arquivo (com o comando mv
) para
seu nome original para que ele possa ser encontrado. (Use o
modo de transferência binária!) Então volte
para /usr/local/kermit
, encontre o
diretório com o Makefile
, e execute
make all install
.
Outra coisa que pode acontecer quando da
instalação de um port
ou pacote
é que algum outro programa seja necessário. Se a
instalação parar com uma mensagem can't
find unzip ou algo parecido, você pode
precisar instalar o pacote ou port
do unzip
antes de continuar.
Uma vez instalado, execute rehash
para
fazer o FreeBSD reler os arquivos no path
,
então ele saberá o que existe lá. (Se
você obter uma série de mensagens path
not found quando usar whereis
ou
which
, você pode querer adicionar
entradas para a lista de diretórios na
declaração do path
no
.cshrc
em seu diretório
home
. A declaração do
path
no UNIX® funciona do mesmo modo que no
DOS, exceto pelo diretório corrente que não
é (por padrão) incluído no
path
por razões de segurança;
você precisa digitar ./
antes do
comando para executa-lo; sem espaços depois da
barra.
Você pode querer obter a versão mais recente
do Netscape® a partir de seu site FTP. (O Netscape®
requer o X Window System
.) Agora existe uma
versão para o FreeBSD, então explore com
cuidado. Basta usar o gunzip
filename
e tar xvf
filename
no arquivo, mover
o binário para /usr/local/bin
ou
algum outro lugar onde os binários são mantidos,
execute rehash
, e então coloque as
seguintes linhas no .cshrc
de cada
diretório home
dos usuários ou
(mais fácil) em /etc/csh.cshrc
, o
arquivo de configuração principal de
inicialização do csh
:
setenv XKEYSYMDB /usr/X11R6/lib/X11/XKeysymDB setenv XNLSPATH /usr/X11R6/lib/X11/nls
Isso assume que o arquivo XKeysymDB
e o
diretório nls
estão em
/usr/X11R6/lib/X11
; se eles não
estiverem, encontre-os e coloque-os lá.
Se você instalou o Netscape® originalmente a partir
de um port
usando o CDROM (ou o site FTP),
não substitua o
/usr/local/bin/netscape
com o novo
binário do Netscape®; isso é só um
shell script
que define as variáveis
de ambiente para você. Em vez disso, renomeie o novo
binário para netscape.bin
e mova o binário antigo
para /usr/local/netscape/netscape
.
Seu shell
é uma parte muito
importante do seu ambiente de trabalho. No DOS, o
shell
usual é o
command.com
. O shell
é quem interpreta os comandos que você executa na
linha de comando, e, portanto, se comunica com o resto do
sistema operacional. Você também pode escrever
shell scripts
, que são como arquivos
de lotes do DOS: uma série de comando para serem
executados sem sua intervenção.
O FreeBSD vem com dois shells
instalados:
csh
e sh
.
csh
é bom para trabalhar com a linha
de comando, mas scripts
devem ser escritos
com sh
(ou bash
).
Você pode descobrir qual shell
você está utilizando executando echo
$SHELL
.
O shell
csh
é
bom, mas tcsh
faz tudo que o
csh
faz e mais. Ele aceita que você
chame novamente os comandos, com as setas do teclado, e
edite-os. Ele completa nomes de arquivos através da
tecla TAB (csh
usa a tecla
Esc), e ele permite que você mude para
seu último diretório com cd -
.
É muito fácil alternar seu
prompt
com tcsh
. Ele
torna sua vida muito fácil.
Aqui estão os passos para a instalação
de um novo shell
:
Instale o shell
a partir de um
port
ou pacote, como você faria
para qualquer outro port
ou pacote. Use
rehash
e which tcsh
(assumindo que você instalou o
tcsh
) para ter certeza que ele foi
instalado.
Como root
, edite o
/etc/shells
, adicionando uma linha no
arquivo para o novo shell
, nesse caso
/usr/local/bin/tcsh
, e salve o arquivo.
(Alguns ports
vão fazer isso por
você.)
Use o comando chsh
para mudar seu
shell
para o tcsh
permanentemente, ou execute tcsh
no
prompt
para mudar seu
shell
sem precisar realizar o
login
novamente.
Pode ser perigoso mudar o shell
do
root
para qualquer coisa diferente de
sh
ou csh
nas
versões anteriores do FreeBSD e em muitas outras
versões do UNIX®; você pode não ter um
shell
funcional quando o sistema colocar
você em modo monousuário. A
solução é usar
su -m
para tornar-se
root
, o que lhe dará o
tcsh
como root
, pois
o shell
é parte do seu ambiente.
Você pode tornar isso permanente adicionando para seu
arquivo .tcshrc
um
alias
com:
alias su su -m
Quando tcsh
inicia, ele lê os
arquivos /etc/csh.cshrc
e
/etc/csh.login
, assim como o
csh
. Ele também irá ler o
arquivo .login
em seu diretório
home
e o arquivo .cshrc
,
a menos que você providencie um arquivo
.tcshrc
. Para isso você pode
simplesmente copiar o .cshrc
para
.tcshrc
.
Agora que você já instalou o
tcsh
, você pode ajustar o seu
prompt
. Você encontra os detalhes na
página de manual do tcsh
, mas aqui
está uma linha para você incluir em seu
.tcshrc
que vai lhe dizer quantos comandos
você digitou, que horas são, e em que
diretório você se encontra. Ele também
mostra um >
se você está como um
usuário comum e um #
se você
está como root
, mas
tcsh
vai fazer isso em qualquer caso:
set prompt = "%h %t %~ %# "
Isso deve ser incluído no mesmo lugar do set
prompt
existente, ou sob "if($?prompt)
then"
se este não existir. Comente a linha
antiga; você poderá voltar para o
prompt
antigo se preferir. Não
esqueça o espaço e as aspas. Você pode
recarregar o .tcshrc
executando
source .tcshrc
.
Você pode obter uma lista de outras variáveis
de ambiente que foram definidas executando
env
no prompt
. O
resultado vai lhe mostrar seu editor padrão, paginador, e
o tipo de terminal, e possivelmente muitos outros. Um comando
útil se você está logado remotamente e
não pode executar um programa, pois o terminal não
é compatível, é setenv TERM
vt100
.
Como root
você pode desmontar
o CDROM com /sbin/umount /cdrom
,
retirá-lo do drive
, inserir outro,
e montá-lo com/sbin/mount_cd9660 /dev/cd0a
/cdrom
,assumindo que cd0a
é o nome do seu dispositivo de CDROM. As versões
mais recentes do FreeBSD deixam você montar o CDROM apenas
com /sbin/mount /cdrom
.
Usar o sistema de arquivos live
—
o segundo dos discos de CDROM do FreeBSD — é
útil se você tem um espaço limitado. O
conteúdo do sistema de arquivos live
varia de versão para versão. Você pode
tentar jogar a partir do CDROM. Isso envolve o uso do
lndir
, que é instalado com o
X Window System
, para informar aos programas
onde encontrar os arquivos necessários, pois eles
estão no sistema de arquivos de
/cdrom
, em vez de /usr
e seus subdiretórios, que é o local onde eles
esperam estar. Consulte man lndir
.
Se você usou este guia, eu estou interessado em saber onde ele não está claro, o que foi deixado de fora que você acha que deve ser incluído, e se ele foi útil. Meus agradecimentos para Eugene W. Stark, professor de ciência da computação em SUNY-Stony Brook, e John Fieber pelos comentários úteis.
Annelise Anderson,
<andrsn@andrsn.stanford.edu>